Negócio milionário
Por Osvaldo BertolinoNo Brasil, o prestígio da seleção ajudou a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) — a sucedânea da CBD — a transformar o time em uma máquina de fazer dinheiro. Mais da metade da receita anual da seleção brasileira é garantida por três grandes contratos de patrocínio — com a Nike, com a Ambev e com a Vivo. Outra fatia importante do faturamento vem das cotas pagas ao time pelos amistosos disputados no exterior. Nesse caso, vem sendo também registrado aumento substancial de valores ao longo dos últimos anos.
Os direitos de transmissão de cada uma das partidas disputadas pela seleção são vendidos pela CBF à Rede Globo, que tem contrato de exclusividade. Até mesmo os períodos de treinos e concentrações são usados para aumentar os lucros da CBF. Nas semanas que antecedem a estréia na Copa da Alemanha, por exemplo, a seleção recebeu US$ 1,2 milhão de dólares para se hospedar no luxuoso Park Hotel Weggis, na região de Lucena, na Suíça.
A transformação do mundo da bola num negócio milionário, ocorrida no início da década de 90, ajudou a seleção a atingir o atual faturamento. Graças à sua hegemonia nos gramados, o time alcançou patamar privilegiado de visibilidade no mais popular esporte do planeta. Isso gerou a multiplicação de valores de todos os negócios que envolvem a seleção. O time se beneficia também por reunir hoje uma série de figuras internacionalmente badaladas.