Claude Lévi-Strauss
Após completar seus primeiros estudos de graduação, foi convidado, em 1935, a lecionar na recém-criada Universidade de São Paulo através de uma missão universitária francesa. A estadia, que foi até 1939, não poderia ter sido mais produtiva: muito mais do que colaborar para o estabelecimento da maior universidade brasileira, durante esse período, Lévi-Strauss fez diversas expedições pelo interior brasileiro, onde estudou comunidades indígenas e teve a sua grande vocação para a etnologia desperta. É o registro dessas viagens que está presente em Tristes Trópicos (1955), livro que mescla elementos antropológicos de estudos acadêmicos com a descrição pessoal e narrativa literária.
Contrário à idéia de superioridade e privilégio da civilização ocidental, acreditava e enfatizava que a mente selvagem e tribal é igual à mente civilizada. Seus estudos sobre as comunidades não-civilizadas, baseados no campo da linguagem e da linguística, possibilitaram novas perspectivas também para a psicologia, ajudando a entender como a mente humana trabalha.
O antropólogo rejeita a idéia de privilégio do ser humano no mundo, e acredita que nós devamos mudar nosso comportamento em prol de um mundo melhor, conforme sua célebre frase dita em 2005, quando recebeu o 17º Prêmio Internacional Catalunha: " Meu único desejo é um pouco mais de respeito para o mundo, que começou sem o ser humano e vai terminar sem ele - isso é algo que sempre deveríamos ter presente".
Disponibilizamos, neste espaço, informações e materiais relacionados a esse importante pensador das Ciências Socias.
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