Alexandre, O Grande
Ficha técnica(Alexandre)
Drama, biografia e épico, Alemanha, Holanda, EUA e Reino Unido, 2004, 175min.; colorido. Direção: Oliver Stone.
Sinopse
“Oliver Stone procurou recriar a história de Alexandre, o Grande, que no quarto século antes de Cristo havia conquistado a Grécia, a Pérsia, o Afeganistão e a Índia – ou seja, 90% do “Mundo Conhecido” até então. Mesmo tendo enfrentado grandes exércitos, Alexandre não perdeu uma batalha! Visionário, explorador e sonhador, ele era também um filho carinhoso, ferido pelo amor e pela ambição de sua mãe e pela eterna necessidade de agradar a seu pai...
FecharReflexões Sociológicas
O que Stone nos apresenta em Alexander, é um Alexandre intrépido, verdadeiro espírito globalista, que busca expandir os valores do helenismo e atingir os limites do mundo.
Podemos admitir que a mensagem do filme para o nosso tempo, tempos de crise estrutural do capital e de impasses geopolíticos (e culturais) do Ocidente expansionista é a fragilidade do Alexandre da "globalização" que pode ser uma alegoria complexa dos impasses expansionistas da civilização do capital.
Trecho do filme:
- Aristóteles - Política
Sugestões temáticas:
- Globalização - Diversidade Cultural - Choque de civilizações
Mais informações:
Neste épico histórico, Oliver Stone nos apresenta a vida e glória de Alexandre, o Grande, sua infância e adolescência (instruído por Aristóteles); sua assunção ao trono da Macedônia, após o assassinato do seu pai, o Rei Felipe, o Caolho.
Aos poucos, vislumbramos sua ânsia de conquistar o mundo, com a vitória sobre Dario, o Persa, na batalha de Gaugamela; a conquista da Babilônia e sua incursão expansionista através da Ásia Menor e Índia.
O diretor e roteirista optou por dar um enfoque psicológico ao personagem heroico, dando ênfase em sua dimensão existencial: o bissexualismo, destacado através de seu relacionamento intenso com seu amigo de infância Hephaistion; e a relação de amor e ódio com a mãe Olympia.
Talvez o Alexandre de Oliver Stone, interpretado por Colin Farrel, seja o Alexandre da “globalização”, tão intrépido, quanto frágil, convivendo com as tensões consequentes do seu projeto de mundo como, por exemplo, a candente questão do “choque de civilizações”, Ocidente X Oriente, que está colocada no cenário da geopolítica mundial hoje, está pressuposta na narrativa histórica de Alexandre.
Afinal, uma das formas de compreendermos o tempo presente, seria elaborarmos interpretações sobre o tempo passado. (Adaptado de Tela Crítica).