Disciplina - Sociologia

Publicidade e Propaganda

A propaganda e a publicidade estão por todos os lados, com intuito de comercializar e divulgar os mais diversos produtos, utilizando-se para tal, da persuasão e do convencimento. Saiba mais sobre publicidade, propaganda, como combater suas influências e acesse recursos relacionados à temática de seu interesse.

Publicidade e propaganda: qual a diferença?


A Publicidade, que é uma decorrência do conceito de Propaganda, é também persuasiva, mas com objetivo comercial bem caracterizado. Portanto, a Publicidade é definida como a arte de despertar no público o desejo de comprar, levando-o à ação. A Publicidade é um conjunto de técnicas de ação coletivas, utilizadas no sentido de promover o lucro de uma atividade comercial, conquistando, aumentando ou mantendo clientes. (MALANGA, 1976:10-11))

A Propaganda, expressão que abrange a divulgação do nome de pessoas (propaganda eleitoral ou profissional), de coisas à venda (mercadorias, imóveis, etc.) e também de ideias (propaganda dos Evangelhos, do Comunismo, do Nazismo, etc.). 2. Quando tem objetivos comerciais chama-se preferencialmente, "publicidade" . (Dicionário Enciclopédico de Jornalismo, 1970).

Segundo Eugênio Malanga (professor universitário e escritor), "A Propaganda pode ser conceituada como: atividade que tende a influenciar o homem, com o objetivo religioso, político ou cívico. A Propaganda, portanto, é a propagação de ideias, mas sem finalidade comercial.

Direitos do Consumidor e Propaganda enganosa


A publicidade, que tem como principal intenção informar e transmitir as características do produto, muitas vezes é usada com outros propósitos, como por exemplo, o de manipular e influenciar as pessoas, passando informações enganosas sobre determinados produtos. E, dessa relação, daquele que detém o processo e o controle de produção, de um lado, e o consumidor, de outro, certamente a parte mais vulnerável acaba sendo o consumidor, que sempre buscou algo que lhe assegurasse os direitos. Assim, com a intenção de harmonizar as relações de consumo, de modo a igualar as partes, foi elaborado o Código de Defesa do Consumidor*.

No vídeo a seguir você verá um pouco sobre os Direitos Básicos que constam na Lei do código de Defesa do Consumidor




O texto desse documento é enfático quanto à proibição da propaganda enganosa. Entendendo-se por enganosa, nos termos do art. 1o do mesmo dispositivo, "qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços”.

O (Con)Texto Publicitário


A linguagem da publicidade é uma linguagem denominada “de massa”, que deve ser objetiva, clara e acessível, com o intuito de despertar nos consumidores o desejo de adquirir o produto apresentado. Evita termos rebuscados e/ou eruditos. Apesar disso, a linguagem utilizada deve seguir as regras da norma culta, não fazendo uso de termos vulgares. Utiliza ambiguidades, omite, exagera, brinca, usa metáforas e expressões de duplo sentido. Pode, também, recorrer à musicalidade, ao ritmo e aos recursos sonoros, como rimas e assonâncias. O uso dos recursos da língua é essencial para a publicidade atingir seus objetivos. É importante, também, poder ler nas entrelinhas, isto é, perceber o sentido implícito de uma mensagem. Os textos publicitários merecem uma leitura crítica e inteligente do consumidor.

Influências da publicidade em adolescentes e crianças


"Bebida traz liberdade!" Influência nos jovens e adolescentes

O bombardeio publicitário em torno do consumismo é uma realidade no principal veículo de comunicação: a televisão. Sua influência para os jovens e adolescentes encontra-se tanto na propaganda embutida nos programas ou nas novelas, quando na publicidade promovida pelos anúncios. Geralmente, os meios de comunicação apresentam imagens muito favoráveis que influenciam o desejo de consumir. Por exemplo, no caso das drogas lícitas, o uso do álcool costuma vir associado, por meio da publicidade, a imagens de artistas, ao glamour da sociabilidade, à sexualidade ou à liberdade , sendo que por outro lado, o vício se constitui em uma prisão.


"Pai, compra pra mim?" A influência nas crianças

Com relação ao público infantil, a publicidade não pretende estimular somente o consumo de produtos específicos para sua faixa etária. As crianças são consideradas eficientes promotoras de vendas para produtos direcionados ao público adulto também, o que muitas vezes ocasiona desgaste das relações familiares. Isso porque, segundo o IBOPE (Painel Nacional de Televisores, IBOPE 2007) a criança brasileira passa em média quatro horas 50 minutos e 11 segundos por dia assistindo à programação televisiva. Além disso, a TNS (setembro de 2007), instituto de pesquisa que atua em mais de 70 países, evidenciou outros fatores que influenciam as crianças brasileiras nas práticas de consumo. Elas sentem-se mais atraídas por produtos e serviços que sejam associados a personagens famosos, brindes, jogos e embalagens chamativas. A opinião dos amigos também foi identificada como uma forte influência.

Família e escola: uma união possível

O fato é que tanto crianças quanto adolescentes sofrem influências e aprendem a consumir de forma inconsequente, muitas vezes desenvolvendo critérios e valores distorcidos, que acarretam problemas relacionados à ética, saúde e convivência social, como por exemplo a valorização do ter em detrimento ao ser. Porém, pesquisas apontam que nenhuma propaganda por si só atinge efeito demoníaco de persuasão quando fatores protetores atuam em direção contrária. O desenvolvimento de um espírito crítico e reflexivo na família, na escola e com os pares serve de base para uma atitude criteriosa da criança e do adolescente frente aos efeitos da publicidade.


Vídeos relacionados à influência da propaganda

Recomendar esta página via e-mail: