Líbia
Apesar de ser corrigido por outros integrantes do governo, o ministro da Defesa do Reino Unido, Liam Fox, insinuou em declarações à "BBC" que o chefe do Estado líbio, Muammar Kadafi, poderia ser ele próprio alvo militar da coalizão.
04 de abril - O porta-voz do governo da Líbia, Mussa Ibrahim, afirmou que o regime do presidente líbio, Muammar Khadafi, está disposto a negociar para promover a realização de eleições.
25 de março - "O ataque à Líbia é um erro, de nenhum modo justificado pelas regras da intervenção humanitária". Há anos, Michael Walzer, filósofo da política com base no Institute for Advanced Study, de Princeton, estuda os fios complexos que ligam o uso da violência, poder e moral. Em um célebre livro dos anos 70, Guerra Justa e Injusta, ele explicou por que a intervenção no Vietnã era "injusta", enquanto a Segunda Guerra Mundial era "justa". No caso dos ataques aliados na Líbia, ele acha que existem todas as razões para defini-los como "um erro, político e moral, que irá se concluir com um provável banho de sangue". (Carta Maior)
20 de Março - No segundo dia (20 de março) da operação "Odisseia do Amanhecer", um prédio administrativo do complexo residencial do líder líbio, foi atingido por um míssil e destruído.25 de março - "O ataque à Líbia é um erro, de nenhum modo justificado pelas regras da intervenção humanitária". Há anos, Michael Walzer, filósofo da política com base no Institute for Advanced Study, de Princeton, estuda os fios complexos que ligam o uso da violência, poder e moral. Em um célebre livro dos anos 70, Guerra Justa e Injusta, ele explicou por que a intervenção no Vietnã era "injusta", enquanto a Segunda Guerra Mundial era "justa". No caso dos ataques aliados na Líbia, ele acha que existem todas as razões para defini-los como "um erro, político e moral, que irá se concluir com um provável banho de sangue". (Carta Maior)
Segundo relatos das agências internacionais de notícias, tiros por parte da aviação francesa, mais propriamente de caças Rafale, foram disparadas tendo como alvo tanques do exército de Kadhafi – sabe-se que pelo menos quatro foram destruídos, mas fala-se de vários alvos.
Há, cerca de 20 aviões da força aérea francesa envolvidos na operação. Além da França, a Grã-Bretanha e os EUA, participam ativamente nas operações.
Saif Al-Islam Khadafi, filho do líder líbio, concede entrevista e, num tom desafiador, diz que os opositores estão fugindo para o Egito e que o conflito acabará em breve.
Nos últimos dias as forças de Kadhafi tem avançado sobre os rebeldes que pouco podem fazer diante dos ataques aéreos. Kadhafi já recuperou várias cidades que estavam sob o comando dos rebeldes.
A última cidade retomada pelo líder líbio foi Brega, importante centro petrolífero. A perda de Brega representa o último de uma série de retrocessos das forças opositoras que apenas uma semana atrás haviam conquistado toda a metade leste do país e se encaminhavam para a capital, Trípoli.
09 de março - Em entrevista gravada na noite do dia 08 de março e transmitida na manhã do dia 9 pela rede de televisão francesa LCI, Kadhafi denunciou que os países ocidentais “querem colonizar a Líbia novamente”, citando em particular Estados Unidos, Reino Unido e França.
Kadhafi continua afirmando que não há manifestações no país pedindo sua renúncia. Depois de afirmar que o povo líbio o ama, o presidente convidou a ONU e a NATO a investigarem os acontecimentos no país.
27 de fevereiro - O clima continua tenso na Líbia. No dia 27 de fevereiro a União Europeia (UE) fechou um acordo sobre um novo pacote de sanções contra a Líbia, Os EUA também anunciaram que imporão sanções à Líbia em resposta à repressão do regime aos opositores que reivindicam a renúncia do líder Muamar Kadhafi.
Algumas testemunhas, em entrevistas por telefone com agências de notícias, disseram que vários foram feridos ou mortos em Trípoli. Com o acesso limitado aos jornalistas, é impossível verificar os relatos de forma independente. Cidadãos europeus repatriados no dia 25 de fevereiro falam em 5000 mil mortos, enquanto que os números oficiais anunciam entre 300 e 500 mortes.
Empresas brasileiras que têm negócios na Líbia conseguiram retirar, em segurança, parte de seus funcionários e parentes.
Vários ocupantes de altos cargos do governo continuam a virar as costas para Kadhafi - nos últimos foram os responsáveis pelas pastas da justiça e do Estado que deixaram o governo. Sobre isso o líder líbio afirma que os ex-membros de seu governo que se somaram ao Conselho Nacional na verdade “foram retidos pela força” e “ameaçados de morte”, de modo que sua única saída foi comprometer-se com os insurgentes.
O embaixador-adjunto da Líbia na ONU, Ibrahim Dabbashi – que também se virou contra o líder – disse que as forças fiéis a Muammar Kadhafi começaram a atacar cidades no oeste.
Sabe-se também que dois pilotos líbios desviaram os seus aviões para Malta, recusando-se a atirar contra manifestantes. Um deles já pediu asilo político em Malta. O aeroporto da capital está lotado de pessoas que tentam deixar o país.
Apesar da aparente calmaria da capital, segundo o AFP, um habitante qualificou de “massacre” os ataques que viu em Tajoura, um dos bairros dos arredores de Tripoli, ao passo que uma outra testemunha diz ter presenciado a descida de um helicóptero de mercenários africanos em Fachloum, também nos subúrbios da capital.
As comunicações telefônicas do país foram cortadas e uma mensagem emitida, alegadamente, pelo comando das Forças Armadas pedia à população que colaborasse com as forças de segurança numa operação contra os “autores dos atos de destruição e sabotagem”.
A rede de televisão Al-Arabiya notícia que vários edifícios do governo foram incendiados por manifestantes que exigem o fim do regime.
21 de janeiro - Várias cidades deste país, como Benghazi e Syrte receberam nas ruas centenas de manifestantes que foram acompanhados de militares que, segundo a presidente da Federação Internacional das Ligas de Direitos Humanos, Suhayr Belhassen, "juntaram-se ao levantamento contra Kadhafi ”.
Conflitos na Líbia
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