Disciplina - Sociologia

As muitas faces das mulheres

Desde o início do século a mulher tem lutado por melhores condições de trabalho e tem obtido relevantes conquistas sociais, políticas e econômicas. Com isso o perfil de dona de casa e mãe de família já não se enquadra para a maioria delas. Mas se o objetivo delas não é mais ficar em casa para cuidar das crianças e do marido, qual é? Para responder esta questão fizemos uma pesquisa e coletamos algumas informações sobre o perfil da mulher atual de diferentes nacionalidades. Veja o que os estudos apontam.

Para 83% das mulheres brasileiras manter a forma física é importante e 44% delas afirmam estar constantemente tentando perder peso. No entanto, apenas 38% tem tempo para preparar refeições saudáveis e praticar algum tipo de esporte ou exercício físico. A alimentação também não as ajuda a manter a forma, pois apenas 23% afirmaram ter ingerido cereais nos últimos sete dias, sendo que em contrapartida 70% se deliciou com chocolates e 54% com sorvetes.

Thiago Terra em reportagem publicada no Mundo do Marketing, e com base em pesquisa realizada pelo IBOPE e Editora Abril, assegura que "a mulher brasileira busca sua autonomia com o objetivo de se sentir mais segura e aumentar sua autoestima. Isto traduz a atual expressão da feminilidade brasileira, que apresenta cada vez mais afetividade e sensualidade de forma mais livre e responsável. Diferente do comportamento apresentado há cinco anos, as mulheres consumidoras de hoje não estão mais tão voltadas para a família como prioridade principal".
Questionadas sobre as atividades de lazer, a grande maioria disse que sua atividade preferida era ouvir música (59%), em seguida ler livros ou ir ao shopping (44%) e reunir-se com amigos (43%). Visitas a museus, ir ao teatro e praticar esporte são as menos cotadas (11%).

De acordo com El Economista a mulher espanhola atual casa aos 30, se separa aos 40 e em 9% dos casos não exita em interromper uma gestação. Dá prioridade a carreira, no entanto recebe em média 26% menos que os homens. Adecco, empresa de recursos humanos constatou por meio de um informe que mais da metade das mulheres trabalham no setor de serviços. No entanto, em 2007, 65% dos novos empregos foram destinados ao sexo feminino, é a mais alta taxa do país nos últimos 11 anos. Trabalhadora, intelectualmente inquieta e crítica com o que haja injusto, este é o perfil da mulher espanhola de acordo com 25.000 delas que responderam uma pesquisa realizada pela revista Mujer de Hoje, distribuída semanalmente junto com o jornal ABC.

Dados coletados pelo Estudio General de Medios (EGM) realizado por IPSOS Argentina demonstram que estar com a família é uma das atividades preferidas para 79% das mulheres argentinas. Somente 28% come fora de casa e 30% se sente a vontade para sair com os amigos. Quanto a leituras, somente 26% declaram ter lido um livro no último mês.

As tendências mundiais não deixam de fora a mulher chilena, visto que, tem-se notado uma diminuição no número de casamentos e nas taxas de natalidade, indícios de que elas se mantêm solteira por mais tempo e a maternidade já não é mais seu objetivo primeiro. Lorena Ros, psicóloga e professora da Universidad del Desarrollo, ressalta alguns dados que segundo ela são preocupantes, 50% das crianças nascem fora do casamento e um terço dos lares chilenso é chefiado por mulheres. Outro dado preocupante é o consumo de psicofarmacos que é usado em maior escala por mulheres do que por homens e aumenta em relação a esfera social a que pertencem, este seria um dos efeitos da "síndrome da super mulher". Em se tratando de trabalho ouve um crescimento de 9% no número de mulheres trabalhadoras e tudo indica que este número continua crescendo.

A desigualdade entre homens e mulheres é mundial. Em 2007 o Programa de Mulheres Líderes do Fórum Econômico Mundial realizou estudos mapeando a situação quanto a participações política e econômica, saúde, educação. O Brasil ficou em 67º, perdendo para os vizinhos Uruguai, Paraguai, Argentina, Venezuela, e Colômbia. Os quatro primeiros lugares foram para Suécia, Noruega, Finlândia e Islândia.

Fontes de Pesquisa

 

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