Disciplina - Sociologia

As mulheres na Educação

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A história da Educação da mulher no Brasil

A educação da mulher no mundo e as relações de trabalho

a) Filipinas
b) África do Sul
c) Chile
d) Estados Unidos

Educação e trabalho da mulher: possíveis causas das disparidades

Mulheres pensadoras da Educação


A história da Educação da mulher no Brasil

A presença da mulher na educação brasileira apresenta uma trajetória crescente. No Período Colonial, sua educação era no lar, voltada especificamente para as atividades domésticas. Somente em meados do século XIX que a participação feminina iniciou-se, timidamente, pois os colégios destinados a mulheres eram particulares, dessa maneira somente as meninas de origem abastada tinham acesso.

Assim, a educação feminina no Brasil teve início com colégios particulares, a exemplo do "Colégio Florence", em Campinas, fundado em 1863, por uma imigrante alemã, Carolina Krug Florence e por seu marido Hércules Florence, o qual era destinado especificamente a mulheres. Os ensinamentos desse colégio, em especial, transcendiam a preocupação com os conteúdos das disciplinas, mesmo porque as que envolviam cálculos eram permitidas somente para homens. A maior preocupação da escola era que as alunas aprendessem a se comportar na sociedade e a respeitar o outro, como companheiro de conhecimentos(RIBEIRO)

Com relação ao ensino público, o ingresso feminino na escola ocorreu após a fundação da Escola Normal, em 1880, na Corte do Rio de Janeiro. As professoras formadas pela Escola Normal (geralmente filhas dos fazendeiros) passaram a lecionar instrução primária, atualmente chamado de Anos Iniciais do Ensino Fundamental, às crianças e aos adolescentes do sexo feminino, das camadas populares. Com relação às províncias, somente após Reforma Constitucional descentralizadora, que garantiu a gratuidade da instrução primária tanto para meninos quanto para meninas, as escolas normais abriram suas portas à população escolar feminina menos abastada.(RIBEIRO)

Atualmente, segundo dados da pesquisa Trajetória da Mulher na Educação Brasileira (1996 a 2003), "elas são maioria em quase todos os níveis de ensino, especialmente nas universidades; têm um tempo médio de estudos superior ao dos homens, tornando-se cada dia mais alfabetizadas; e apresentam um desempenho escolar, em vários níveis, comparativamente melhor ao dos homens" (p. 49).

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A educação da mulher no mundo e as relações de trabalho

Em todo o mundo, a presença feminina na educação apresenta avanços crescentes. Em muitos países, as mulheres estudam mais e apresentam rendimentos melhores que dos homens, não somente no Brasil, onde 60% dos concluintes de cursos superiores são mulheres. No caso específico do Brasil, os salários das mulheres são 30% inferiores aos dos homens na mesma função, e elas ocupam apenas 56 das 594 cadeiras do Congresso Nacional. Acompanhe dados estatísticos de alguns países:

a) Filipinas
A taxa de mulheres alfabetizadas é maior que a dos homens. 17,8% delas se graduam na universidade, contra 8,2% dos homens, segundo a Comissão Nacional sobre o Papel da Mulher. As carreiras de maior concentração das mulheres neste país são voltadas à educação e à saúde, sendo que em engenharia e direito elas ficam de fora, pois são áreas dominadas em mais de 80% por homens.

b) África do Sul
São a maioria nas universidades, embora também excluídas as carreiras de tradição masculina, como engenharia. Porém, mesmo com formação, não ocupam cargos de direção.

c) Chile
Neste país, as mulheres também superam os homens em educação, segundo o Índice de Iniquidade Territorial de Gênero 2009 (relatório governamental), o qual considera o analfabetismo, anos de escolaridade e cobertura dos Ensinos Básico e Médio. Em contrapartida, as chilenas perdem em participação trabalhista, com 42%, e seu nível salarial é 30% inferior ao de seus colegas homens.

d) Estados Unidos
Segundo dados do Census Bureau, 9% das adultas jovens americanas têm mestrado, doutorado ou título de graduação contra 6% dos homens. As mulheres são quase seis em cada 10 detentores de títulos avançados, diz a pesquisa. Os americanos com títulos avançados ganharam, em média, US$ 83 mil em 2008, contra US$ 58.613 dos que tinham licenciatura e US$ 31 mil, em média, dos que tinham apenas diploma do ensino médio.

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Educação e trabalho da mulher: possíveis causas das disparidades

Mas, a que se deve tamanha disparidade entre escolarização e trabalho? Fulvia Rosemberg, pesquisadora da Fundação Carlos Chagas, ao lançar um olhar sobre a desigualdade de oportunidades entre os gêneros comenta: “A educação sozinha não faz milagres e enquanto não houver creches para todas as famílias, não haverá mudanças estruturais na participação feminina no mercado de trabalho”.

Ela acrescenta "o currículo, os livros e a forma de educar reproduzem preconceitos que desvalorizam o papel feminino, o confinam no lar, a trabalhos e carreiras pouco valorizadas", apontando como a causa da maioria das mulheres escolherem as ciências humanas e os homens as áreas de exatas e tecnológicas.

A escolaridade feminina progrediu rapidamente, mas as mudanças culturais são lentas e as institucionais ainda mais", disse Moema Viezzer, socióloga fundadora da Rede de Educação Popular entre Mulheres da América Latina e do Caribe, a qual promove a campanha por uma educação não sexista há 29 anos, todo dia 21 de junho.

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Fontes de Pesquisa

 

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