Robôs
Ficha técnica(Robots)
Animação, Aventura, EUA, 2005, 91min; colorido. Direção: Chris Wedge e Carlos Saldanha.
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Animação, Aventura, EUA, 2005, 91min; colorido. Direção: Chris Wedge e Carlos Saldanha.
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Sinopse
Conheça um mundo inteiro de robôs, onde todo o nosso dia a dia é adaptado de forma inteligente para suas condições de vida. Rodney sonha encontrar com Big Weld, o maior inventor da categoria de todos os tempos. Quando Weld some e o sombrio Ratchet toma o seu lugar, Rodney parte em uma aventura para descobrir o que houve com seu ídolo.
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Reflexões sociológicas
Em Robôs, Dom Aço é a expressão do "capitalismo selvagem" - ou melhor, do capital financeiro (que predomina hoje, sob o capitalismo global) e que só visa o lucro e a descartabilidade.
Por outro lado, o Grande Soldador aparece como a representação do "capitalismo social" que busca repor as energias perdidas e não fazer meramente o upgrade.
Sugestões temáticas
- Tecnologia | - Modernização |
- Consumo | - Maniqueísmo |
Mais informações
Robôs é dirigido por Chris Wedge e pelo brasileiro Carlos Saldanha (o mesmo time de A Era do Gelo).
É uma fantasia dos riscos da alucinada inovação tecnológica que ameaça, com a desvalorização persistente, o mundo dos homens (que aparecem invertidos como robôs).
Mas a culpa da obsolescência planejada, prática comum das corporações industriais, é atribuída a um executivo malvado e corrupto e não a um modo de produção social, o capitalismo, que possui, em si, a lógica da produção destrutiva.
No subtexto do filme, existe uma crítica sutil à "sociedade de consumo", à modernização desenfreada, ou até uma discreta crítica ao sistema ditatorial de Hollywood, onde o que conta é a juventude e a beleza (por isso, tantas ‘estrelas’ se submetem ao bisturi, ou seja, o upgrade).
Entretanto, faltou-lhe ousadia em sugerir algo para além da luta do Bem contra o Mal ou de um suposto "capitalismo social" (Grande Soldador), aquele que solda o compromisso social, contra um capitalismo Selvagem...
Além disso, nota-se que o visual do filme parece ter sido inspirado na cultura tecnológica dos anos 1950, época em que os eletrodomésticos começaram a se popularizar; por isso os personagens até têm a cara dessas parafernálias. (Adaptado de Tela Crítica).