Disciplina - Sociologia

Sociologia

11/04/2008

Estudantes pressionam e conseguem afastamento de reitor da UnB

Vinicius Mansur,
de São Paulo
Radioagência NP
O reitor da Universidade de Brasília (UnB), Thimoty Mulholland, pediu licença do cargo por 60 dias. Por meio de uma nota, ele comunicou na quinta-feira (10) que a iniciativa tem “o objetivo de assegurar os princípios constitucionais da impessoalidade, legalidade e transparência na apuração dos fatos”.
Timothy foi denunciado pelo Ministério Público Federal por improbidade administrativa. É acusado de utilizar R$ 470 mil de financiamentos de projetos e do cartão corporativo do governo federal para a decoração do apartamento onde reside.
A pressão pela renúncia de Timothy aumentou nos últimos dias. A reitoria da universidade está ocupada há mais de uma semana por estudantes que reivindicam a sua saída imediata e a convocação de eleições diretas e paritárias para reitor.
Na quinta-feira (10), antes da nota do reitor, os professores da Unb aprovaram em assembléia, o afastamento temporário do reitor. A decisão será levada ao Conselho Superior da Universidade de Brasília (Consuni), órgão máximo da universidade, composto por representantes dos professores, dos servidores e dos estudantes. O Conselho não tem poderes para afastar definitivamente o reitor, mas pode abrir um processo administrativo interno que pode culminar na demissão de Timothy.

Mobilização prossegue
Os estudantes comemoraram o pedido de afastamento de Timothy, mas informaram que mantêm a ocupação do prédio pelo menos até segunda-feira (14), quando está marcada nova assembléia. Os manifestantes não aceitam que o vice-reitor Edgar Mamya assuma o lugar do reitor, porque para eles tanto Mamya quanto todo o decanato de administração da universidade estariam comprometidos com as denúncias de irregularidades que recaem sobre Mulholland. “O afastamento foi parte da nossa mobilização e da ocupação. A saída temporária não atende a nossa pauta porque pedimos o afastamento definitivo do reitor e toda a cúpula de administração superior.
Para o ministro Fernando Haddad (Educação), o pedido de afastamento por Timothy foi uma decisão acertada. "Foi um gesto de distencionamento", declarou, complementando que agora espera o mesmo dos estudantes que mantêm a ocupação.

Fonte:http://www.brasildefato.com.br
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