Sociologia
07/08/2008
Pesquisa aponta redução da taxa de pobreza
Três milhões de pessoas saíram da pobreza, nas seis principais regiões metropolitanas do País (Recife, Salvador, São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte e Rio de Janeiro), entre os anos de 2002 e 2008. Esse foi um dos resultados da pesquisa, realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgada ontem (5) que revela números da pobreza e da riqueza no Brasil metropolitano.
Os números apontaram uma redução da taxa de pobreza nessas seis regiões de 32,9% para 24,1%, somando 11,356 milhões de pessoas vivendo na faixa de pobreza. Os pobres são definidos como aqueles que possuem renda per capita igual ou inferior a meio salário mínimo (R$ 207,50). A quantidade de indigentes, pessoas que vivem com até um quarto do salário mínimo (R$103,75), também caiu: passou de 5,562 milhões, em 2002, para 3,123 milhões, em 2008.
O número de novos ricos aumentou 28,1 mil entre 2002 e 2008. Em 2002, as pessoas consideradas ricas nas seis regiões, aquelas com renda igual ou maior do que 40 salários mínimos (R$ 16,6 mil) correspondiam a 448,4 mil. Em 2008, esse número aumentou para 476,596 mil. Porém, a participação de ricos no total da população nessas seis regiões metropolitanas permanece estável, registrando em 1%.
"O crescimento produtivo do país veio acompanhado de uma melhora na renda das famílias em todas as faixas, implicando uma queda no número de pobres no país e mesmo, mais recentemente, uma elevação no número de pessoas de alta renda (ricos). Contudo, mesmo com números alvissareiros, é necessário notar que os significativos ganhos de produtividade não estão sendo repassados aos salários, indicando que os detentores dos meios de produção podem estar se apoderado de parcela crescente da renda nacional", afirma o texto de apresentação da pesquisa.
Os dados disponíveis na pesquisa apontam que a remuneração dos trabalhadores não tem acompanhado plenamente os ganhos de produtividade da indústria brasileira. Entre 2001 e 2008, houve aumento da produção física na indústria brasileira na ordem de 28,1%, com ganhos de produtividade do trabalhador de 22,6%.
A folha de pagamento por trabalhador, em contrapartida, cresceu, em termos reais, 10,5%, o que leva a uma queda no Custo Unitário do Trabalho (CUT) - entendido como a razão entre o rendimento real médio por trabalhador ocupado e a produtividade - de 10,2% no mesmo período de tempo.
A maior queda na pobreza foi observada na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde o número de pessoas pobres caiu de 38,3% da população em 2002 para 23,1% da população em 2008. Recife e Salvador foram as regiões metropolitanas que apresentaram as maiores taxas de pobreza no período analisado, com respectivamente 43,1% e 37,4% de pessoas vivendo abaixo da linha de pobreza.
São Paulo e Rio de Janeiro possuem a maior quantidade de pobres em números absolutos, com respectivamente 4,0 e 2,6 milhões de pessoas em 2008. Porém, essas suas regiões apresentaram as maiores reduções no número de pobres entre 2002 e 2008: em São Paulo o número de pobres diminuiu em 1,152 milhão de pessoas, enquanto no Rio de Janeiro a queda foi de 571 mil pessoas.
Fonte: www.adital.org.br
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Os números apontaram uma redução da taxa de pobreza nessas seis regiões de 32,9% para 24,1%, somando 11,356 milhões de pessoas vivendo na faixa de pobreza. Os pobres são definidos como aqueles que possuem renda per capita igual ou inferior a meio salário mínimo (R$ 207,50). A quantidade de indigentes, pessoas que vivem com até um quarto do salário mínimo (R$103,75), também caiu: passou de 5,562 milhões, em 2002, para 3,123 milhões, em 2008.
O número de novos ricos aumentou 28,1 mil entre 2002 e 2008. Em 2002, as pessoas consideradas ricas nas seis regiões, aquelas com renda igual ou maior do que 40 salários mínimos (R$ 16,6 mil) correspondiam a 448,4 mil. Em 2008, esse número aumentou para 476,596 mil. Porém, a participação de ricos no total da população nessas seis regiões metropolitanas permanece estável, registrando em 1%.
"O crescimento produtivo do país veio acompanhado de uma melhora na renda das famílias em todas as faixas, implicando uma queda no número de pobres no país e mesmo, mais recentemente, uma elevação no número de pessoas de alta renda (ricos). Contudo, mesmo com números alvissareiros, é necessário notar que os significativos ganhos de produtividade não estão sendo repassados aos salários, indicando que os detentores dos meios de produção podem estar se apoderado de parcela crescente da renda nacional", afirma o texto de apresentação da pesquisa.
Os dados disponíveis na pesquisa apontam que a remuneração dos trabalhadores não tem acompanhado plenamente os ganhos de produtividade da indústria brasileira. Entre 2001 e 2008, houve aumento da produção física na indústria brasileira na ordem de 28,1%, com ganhos de produtividade do trabalhador de 22,6%.
A folha de pagamento por trabalhador, em contrapartida, cresceu, em termos reais, 10,5%, o que leva a uma queda no Custo Unitário do Trabalho (CUT) - entendido como a razão entre o rendimento real médio por trabalhador ocupado e a produtividade - de 10,2% no mesmo período de tempo.
A maior queda na pobreza foi observada na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde o número de pessoas pobres caiu de 38,3% da população em 2002 para 23,1% da população em 2008. Recife e Salvador foram as regiões metropolitanas que apresentaram as maiores taxas de pobreza no período analisado, com respectivamente 43,1% e 37,4% de pessoas vivendo abaixo da linha de pobreza.
São Paulo e Rio de Janeiro possuem a maior quantidade de pobres em números absolutos, com respectivamente 4,0 e 2,6 milhões de pessoas em 2008. Porém, essas suas regiões apresentaram as maiores reduções no número de pobres entre 2002 e 2008: em São Paulo o número de pobres diminuiu em 1,152 milhão de pessoas, enquanto no Rio de Janeiro a queda foi de 571 mil pessoas.
Fonte: www.adital.org.br
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