Disciplina - Sociologia

Sociologia

15/04/2009

Servidores públicos de Curitiba entram em greve

  1.  

Sem proposta da Prefeitura, a greve continua 

Milhares de trabalhadores do magistério e das demais categorias do serviço público municipal de Curitiba paralisaram as atividades nesta quarta-feira, 15 de abril. Também fizeram grande manifestação pelas ruas da cidade. A mobilização não foi suficiente para sensibilizar a administração municipal, que não avançou em nada na proposta salarial.
Na mesa de negociações, os servidores apresentaram nova proposta para zerar as perdas. Propuseram repassar aos salários o aumento real da arrecadação municipal. Além da inflação, os salários acompanhariam o aumento da arrecadação.
Diante da negativa categórica para esta e para as mais importantes reivindicações, a categoria decidiu manter a greve. Também definiram intensificar os esforços para ampliar o movimento grevista.

Dia de manifestações
Desde as 8 horas da manhã os servidores de Curitiba se concentraram na Praça Santos Andrade. Ali, receberam e apresentaram sua solidariedade a dois movimentos que passaram pelo local. Um, de estudantes de Enfermagem da UFPR pela melhoria do ensino. Outro, também de estudantes, para denunciar a ação de grupos fascistas contra negros e homossexuais.
Na caminhada pela rua Marechal Deodoro, a passeata deparou-se com um movimento de motoboys, que paralisou o trânsito na esquina das marechais. Eles protestavam contra a imposição de regras e taxas pela Prefeitura Municipal para que continuem a trabalhar. Os motoqueiros deixaram os servidores passar e seguiram a caminhada até o Centro Cívico.
Com o estacionamento da Prefeitura Municipal ocupado com automóveis da Contran, os servidores municipais permaneceram na rua. Sentaram-se de costas para o prédio da PMC. Ali aguardaram a reunião com a administração municipal, prevista para as 14 horas.
A Comissão de Negociação foi recebida às 15 horas, mas os secretários Paulo Schmidt e Rui Hara não tinham qualquer proposta para fazer avançar as negociações. 



Carta do Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac)

Prezados Pais e queridos alunos,

Muitas Escolas Municipais de Curitiba, neste dia 15 de abril, estarão fechadas, pois Professores, Inspetores, Secretárias e Guardas Municipais, juntamente com outros servidores estarão em greve.

A greve acontecerá porque o Prefeito Beto Richa não cumpriu o acordo firmado em 2005, desde que era vice do Cássio, de repor perdas salariais dos servidores públicos.


Professores não querem apenas aumento salarial...

Querem um salário digno do trabalho que realizam...

Será que o Professor não deveria ser mais valorizado???


Vocês sabiam que os vereadores aumentaram seus próprios salários?

E que as pessoas que tem cargo de confiança, passaram a receber cerca de 24 % a mais.

Por que os servidores não recebem aumento? E o respeito???

Chefes de Núcleos de Educação, Diretores de Escolas estão pressionando os Professores e funcionários a não aderirem a Greve! Não respeitam nosso direito de Greve. Não querem que lutemos pelos nossos direitos...


O Prefeito viajou quando deveria ter nos recebido para as negociações...

Muitos Vereadores nos agrediram, nos insultaram, com palavras e gestos desrespeitosos...

Poucos Vereadores, apenas 6, estavam a favor dos Professores.

Será que isso tem haver com o fato de que a maioria dos Vereadores eleitos, são dos partidos aliados ao do Beto Richa???

Salas superlotadas!!! Milagres na aprendizagem???

Pais, mães, avós, tios, todos poderiam e deveriam também fazer mobilizações para que suas crianças estudassem em salas com menos alunos.

Será que o aprendizado não seria melhor???

Pensem no Professor que atende 30 crianças, de 5 anos, cada uma com suas dificuldades e limitações... pensem nas salas de quartas séries com 35 alunos...

Por isso, estamos pedindo às autoridades que façam leis que determinem um número menor de alunos em sala de aula.

Professores valorizados + salas de aulas com menos crianças + Escolas + Profissionais + Vagas = Respeito ao cidadão.


Educação com qualidade é direito de todos.


Professores indignados com o descaso das autoridades, com relação aos direitos dos servidores públicos e com o desrespeito aos pais das crianças da rede pública de Curitiba.

Abril de 2009



Segundo o Paraná online

Os servidores municipais de Curitiba das áreas da saúde, educação, abastecimento, meio ambiente, assistência social e guardas municipais entram em greve hoje. Eles não conseguiram o reajuste de 14,6%, referente às perdas salariais, solicitado à administração municipal.
Depois de mais um dia de negociações com a prefeitura, ontem, os servidores saíram insatisfeitos e decididos a iniciar a paralisação, que pode atingir os 32 mil servidores da ativa.
O atendimento mínimo em serviços essenciais, como urgência e emergência nas unidades de saúde, está garantido. A partir das 8h, os servidores em greve devem se reunir em frente à Praça Santos Andrade e fazer uma caminhada até a prefeitura, no Centro Cívico.
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc) e o Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac) reivindicam uma nova reunião com a presença do prefeito para as 14h.
“Queremos reajuste salarial linear para a categoria. O salário está muito defasado em comparação com a iniciativa privada e com outros municípios”, analisa a presidente do Sismuc, Irene Rodrigues.
Os salários iniciais da categoria variam de R$ 574,11 a R$ 1.638,25. “Os cargos comissionados tiveram reajuste médio de 24% em dezembro passado. Três meses depois, um reajuste menor é negado aos servidores públicos”, contesta.

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Mais que o impasse sobre o salário, a categoria alega que, dos 50 itens apontados na pauta de reivindicações entregue à prefeitura, nenhum foi atendido, como problemas no plano de cargos e nas condições de trabalho.
A contraproposta da prefeitura é esperar o fim deste primeiro semestre para rediscutir a questão salarial, já que reajuste de 6,5% concedido pela administração foi implementado na folha de pagamento deste mês.
“Não é prudente voltar a discutir isso agora porque temos que esperar e avaliar os efeitos que a crise econômica terá sobre o município. Tínhamos um ritmo de expansão que retraiu bastante e que reflete nas receitas públicas”, justifica o secretário municipal de Recursos Humanos, Paulo Schmidt, que se disse surpreso com a greve após as conversas com os sindicatos. “Desde a paralisação dos servidores no dia 31 de março buscamos um acordo para manter a agenda de negociações, que vai até amanhã. Já tínhamos superado as questões financeiras”, diz.
Segundo Schmidt, a adesão à greve não deve ser grande. “Vamos ter uma manifestação ruidosa de poucos servidores, diferente da grande maioria deles, que busca atender com qualidade e dedicação os cidadãos”, acredita.


fonte:www.parana-online.com.br
fonte:http://www.sismmac.org.br
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