Sociologia
13/05/2009
Campanha sobre escravidão busca sensibilizar público jovem
Por Repórter Brasil
Nos bancos da escola, todo estudante aprende sobre a Lei Áurea. Para se dar bem nas avaliações, precisa guardar na memória - e repetir, quando perguntado - que a escravidão foi abolida no país, pelo menos no papel, após o famoso ato firmado em 13 de maio de 1888 pela Princesa Isabel.
No bojo de mais um 13 de maio, a campanha "Escravidão Não", lançada na última sexta-feira (9), pretende mostrar a jovens que circulam por bares, restaurantes, espaços culturais e universidades da maior metrópole do país que o trabalho escravo continua bem mais presente do que se imagina.
Ao todo, 10 mil cartões postais, com uma mensagem provocativa sobre a escravidão contemporânea, estão sendo distribuídos em 50 estabelecimentos espalhados pela capital paulista. Aqueles que pegarem o cartão, sujarão literalmente as mãos com carvão vegetal, uma das principais atividades econômicas envolvidas na exploração do crime no Brasil.
"Os jovens são o futuro da sociedade. Acreditamos que, para o futuro ser bom, a ética e o pensamento crítico devem estar sempre em pauta no dia-a-dia dessas pessoas", afirma Pedro Sene, sócio-diretor da Sagarana Comunicação, agência de publicidade com foco diferenciado (de interesse das pessoas) que promove a campanha "Escravidão Não".
O cartão direciona os leitores a um site com informações complementares: www.escravidaonao.com.br
O site especial disponibiliza um canal para que os visitantes assinem o abaixo-assinado para a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 438/2001, conhecida como PEC do Trabalho Escravo, que prevê a expropriação de terras dos empregadores que explorarem mão-de-obra escrava.
Site da campanha da Sagarana divulga abaixo-assinado pela aprovação da PEC do Trabalho Escravo
"Jovens são mais engajados quando se trata de um assunto como este, pois participam ativamente de movimentos sociais. Este fator é essencial para o sucesso da campanha, já que buscamos 1 milhão de assinaturas para o abaixo-assinado", completa Pedro Sene.
Lucas Pacifico, também sócio-diretor da Sagarana, conta que a idéia de abordar a escravidão surgiu de um contexto mais amplo "carregado de acontecimentos relacionados aos direitos humanos e às questões ambientais do planeta".
"O forte discurso de uma vida mais sustentável, o aquecimento global e a entrada de um presidente negro na presidência dos Estados Unidos deram margem para que muitos tabus e assuntos pouco discutidos entrassem em pauta, como o passado escravocrata na América, o preconceito moderno em relação aos negros nos dias atuais e claro, os direitos humanos violados discaradamente", emenda Lucas Pacífico.
De acordo com ele, os "números absurdos de lucro e exploração" contidos na obra "Tráfico Sexual - Por Dentro do Negócio da Escravidão Moderna", no qual o autor Siddharth Kara trata da máquina econômica por trás da escravidão, também contribuíram para a escolha do tema.
Conforme os resultados, mais cartões da "Escravidão Não" poderão ser distribuídos em locais públicos. Pedro Sene inclusive planeja: "Continuaremos atualizando o site e queremos abordar anualmente, em cima da mesma campanha, um diferente segmento ligado ao trabalho escravo no Brasil".
Clique aqui para entrar no site da Campanha "Escravidão Não"
Nos bancos da escola, todo estudante aprende sobre a Lei Áurea. Para se dar bem nas avaliações, precisa guardar na memória - e repetir, quando perguntado - que a escravidão foi abolida no país, pelo menos no papel, após o famoso ato firmado em 13 de maio de 1888 pela Princesa Isabel.
No bojo de mais um 13 de maio, a campanha "Escravidão Não", lançada na última sexta-feira (9), pretende mostrar a jovens que circulam por bares, restaurantes, espaços culturais e universidades da maior metrópole do país que o trabalho escravo continua bem mais presente do que se imagina.
Ao todo, 10 mil cartões postais, com uma mensagem provocativa sobre a escravidão contemporânea, estão sendo distribuídos em 50 estabelecimentos espalhados pela capital paulista. Aqueles que pegarem o cartão, sujarão literalmente as mãos com carvão vegetal, uma das principais atividades econômicas envolvidas na exploração do crime no Brasil.
"Os jovens são o futuro da sociedade. Acreditamos que, para o futuro ser bom, a ética e o pensamento crítico devem estar sempre em pauta no dia-a-dia dessas pessoas", afirma Pedro Sene, sócio-diretor da Sagarana Comunicação, agência de publicidade com foco diferenciado (de interesse das pessoas) que promove a campanha "Escravidão Não".
O cartão direciona os leitores a um site com informações complementares: www.escravidaonao.com.br
O site especial disponibiliza um canal para que os visitantes assinem o abaixo-assinado para a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 438/2001, conhecida como PEC do Trabalho Escravo, que prevê a expropriação de terras dos empregadores que explorarem mão-de-obra escrava.
Site da campanha da Sagarana divulga abaixo-assinado pela aprovação da PEC do Trabalho Escravo
"Jovens são mais engajados quando se trata de um assunto como este, pois participam ativamente de movimentos sociais. Este fator é essencial para o sucesso da campanha, já que buscamos 1 milhão de assinaturas para o abaixo-assinado", completa Pedro Sene.
Lucas Pacifico, também sócio-diretor da Sagarana, conta que a idéia de abordar a escravidão surgiu de um contexto mais amplo "carregado de acontecimentos relacionados aos direitos humanos e às questões ambientais do planeta".
"O forte discurso de uma vida mais sustentável, o aquecimento global e a entrada de um presidente negro na presidência dos Estados Unidos deram margem para que muitos tabus e assuntos pouco discutidos entrassem em pauta, como o passado escravocrata na América, o preconceito moderno em relação aos negros nos dias atuais e claro, os direitos humanos violados discaradamente", emenda Lucas Pacífico.
De acordo com ele, os "números absurdos de lucro e exploração" contidos na obra "Tráfico Sexual - Por Dentro do Negócio da Escravidão Moderna", no qual o autor Siddharth Kara trata da máquina econômica por trás da escravidão, também contribuíram para a escolha do tema.
Conforme os resultados, mais cartões da "Escravidão Não" poderão ser distribuídos em locais públicos. Pedro Sene inclusive planeja: "Continuaremos atualizando o site e queremos abordar anualmente, em cima da mesma campanha, um diferente segmento ligado ao trabalho escravo no Brasil".
Clique aqui para entrar no site da Campanha "Escravidão Não"