Disciplina - Sociologia

Sociologia

08/06/2009

No Paraná 25 mil pessoas estiveram envolvidas em conflitos no campo

Mais de 50 casos de conflitos rurais foram registrados no estado do Paraná em 2008.
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De acordo com os dados do estudo sobre violência no campo da Comissão Pastoral da Terra (CPT), mais de 50 casos de conflitos rurais foram registrados no estado do Paraná em 2008. Aproximadamente 25 mil pessoas se envolveram nos conflitos.
Um dos coordenadores da CPT, Rogério Nunes da Silva, ressaltou uma questão preocupante que, segundo ele, contribuiu para os conflitos.
“Os grupos armados, as milícias, as empresas de segurança que geralmente estão a serviço do latifúndio e do agronegócio continuam intimidando e ameaçando as famílias de trabalhadores e trabalhadoras rurais no estado.”
Em 2008, 850 famílias foram ameaçadas por grupos de empresas privadas, o que coloca o Paraná em terceiro lugar em número de intimidações, perdendo apenas para os estados do Pará e do Maranhão.
Nesse contexto, Nunes afirmou que a solução para o problema dos conflitos no campo é a reforma agrária:
“A não efetivação da reforma agrária expõe os trabalhadores a estas situações de violência. Essa medida estruturante [reforma agrária] que resolveria grande parte dos conflitos no campo no Brasil, baseados na estrutura fundiária concentrada, teve avanços, infelizmente, mínimos.” Hoje, oito mil famílias em acampamentos aguardam serem assentadas no estado do Paraná.
O documento da CPT também revelou dados sobre o trabalho escravo. No último ano, 390 trabalhadores foram libertados de situação semelhante à de escravidão no estado paranaense. Foram 13 casos registrados em 2008 contra cinco em 2007, um aumento de quase 200%. Segundo o estudo, os trabalhadores foram encontrados principalmente em fazendas que plantam cana-de-açúcar ou eucalipto.

De São Paulo, da Radioagência NP, Desirèe Luíse.

fonte:www.radioagencianp.com.br

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