Sociologia
10/07/2009
Estudo revela aproximação de valores entre jovens e adultos da América do Sul
Adital
Jovens e adultos da América do Sul compartilham opiniões sobre temas morais e éticos. Essa foi a conclusão da pesquisa: "Juventude e Integração Sulamericana: diálogos para construir a democracia regional", realizada pelo Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), Instituto de Estudos, Formação e Assessoria em Políticas Sociais (Pólis) e parceiros. Os resultados serão apresentados e debatidos na próxima sexta-feira (19), às 9h, no Clube de Engenharia do Rio de Janeiro (Avenida Rio Branco, 124).
A pesquisa pretende detectar as diferenças e as semelhanças de opiniões e valores entre jovens e adultos, assim como as observar as representações existentes sobre a juventude na América do Sul. Dessa forma, o estudo busca "contribuir para a vigência e a ampliação dos direitos da juventude, que corresponde na América do Sul a 25% da população".
Para isso, foram consultadas 14 mil pessoas - sendo 50% jovens de 18 a 29 anos e 50% adultos de 30 a 60 anos - entre os meses de agosto e outubro do ano passado, em seis países da América do Sul: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai. O estudo abordou, nas entrevistas, questões como: grau de escolaridade, religião, uso da Internet, desafios e demandas da juventude, percepção sobre os jovens e políticas de governo, opiniões e valores sobre temas polêmicos, integração latino-americana e futuro.
De acordo com Regina Novaes, consultora do Ibase e coordenadora da pesquisa, o estudo conseguiu mostrar que há uma tendência de aproximação de pensamento dos jovens do continente. Para ela, essa aproximação é fruto, principalmente, da globalização e do acesso à Internet. Ela comenta que os temas: trabalho, qualidade da educação e violência são os que mais aproximam os jovens nos seis países.
Segundo dados do estudo, "ter mais oportunidade de trabalho" foi apontado como o mais importante para os jovens. Em segundo lugar, apareceu: "estudar e ter um diploma universitário". Quando perguntados sobre "os dois maiores problemas para que os jovens vivam melhor o presente e conquistem o futuro", a violência/ falta de segurança e a baixa qualidade da educação foram os dois desafios mais citados.
"No Brasil (45% dos jovens e 46% dos adultos), no Paraguai (45% dos jovens e 45% dos adultos) e no Uruguai (42% dos jovens e 39% dos adultos), a violência aparece em primeiro lugar. Já na Argentina (37,5% dos jovens e 47,5% dos adultos), no Chile (45% dos jovens e 44% dos adultos) e na Bolívia (36% dos jovens e 40% dos adultos), a educação de baixa qualidade aparece em primeiro lugar", destaca a análise.
Entretanto, Regina ressalta que os jovens dos seis países ainda pensam de forma diferente em relação a alguns temas correntes. Em relação ao aborto, por exemplo, 56% dos jovens uruguaios são a favor da legalização, enquanto somente 15% dos jovens paraguaios concordam com a legalização. O pensamento entre os adultos também é semelhante: 53% dos uruguaios são a favor e somente 11% dos paraguaios concordam.
Esse dado também mostra que a opinião de jovens e adultos está cada vez mais próxima. Para a coordenadora, a pesquisa revela que os jovens estão pensando como a maioria da população. "A juventude espelha a sociedade", considera. Para ela, não se pode classificar os jovens como mais libertários que os adultos ou considerá-los mais conservadores que as outras gerações. "A principal conclusão é que não devemos idealizar a juventude como idealista, rebelde e nem afirmar o contrário [que ela é conservadora]", sintetiza.
Outro dado importante desvendado a partir da pesquisa, segundo a coordenadora, é a "consciência ecológica" da juventude. "A falta de água no planeta" foi apontada, por jovens e adultos dos seis países, como uma das três principais preocupações. "Esse é um dado novo, uma vez que temas ligados ao meio ambiente não apareceram com relevância em pesquisas anteriores sobre juventude, revelando a importância do crescimento da agenda ambiental", considera a análise.O resultado completo da pesquisa estará em breve disponível no site do Ibase:
www.ibase.br
aqui a pesquisa de forma sintética
fonte - www.adital.com.br
Jovens e adultos da América do Sul compartilham opiniões sobre temas morais e éticos. Essa foi a conclusão da pesquisa: "Juventude e Integração Sulamericana: diálogos para construir a democracia regional", realizada pelo Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), Instituto de Estudos, Formação e Assessoria em Políticas Sociais (Pólis) e parceiros. Os resultados serão apresentados e debatidos na próxima sexta-feira (19), às 9h, no Clube de Engenharia do Rio de Janeiro (Avenida Rio Branco, 124).
A pesquisa pretende detectar as diferenças e as semelhanças de opiniões e valores entre jovens e adultos, assim como as observar as representações existentes sobre a juventude na América do Sul. Dessa forma, o estudo busca "contribuir para a vigência e a ampliação dos direitos da juventude, que corresponde na América do Sul a 25% da população".
Para isso, foram consultadas 14 mil pessoas - sendo 50% jovens de 18 a 29 anos e 50% adultos de 30 a 60 anos - entre os meses de agosto e outubro do ano passado, em seis países da América do Sul: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai. O estudo abordou, nas entrevistas, questões como: grau de escolaridade, religião, uso da Internet, desafios e demandas da juventude, percepção sobre os jovens e políticas de governo, opiniões e valores sobre temas polêmicos, integração latino-americana e futuro.
De acordo com Regina Novaes, consultora do Ibase e coordenadora da pesquisa, o estudo conseguiu mostrar que há uma tendência de aproximação de pensamento dos jovens do continente. Para ela, essa aproximação é fruto, principalmente, da globalização e do acesso à Internet. Ela comenta que os temas: trabalho, qualidade da educação e violência são os que mais aproximam os jovens nos seis países.
Segundo dados do estudo, "ter mais oportunidade de trabalho" foi apontado como o mais importante para os jovens. Em segundo lugar, apareceu: "estudar e ter um diploma universitário". Quando perguntados sobre "os dois maiores problemas para que os jovens vivam melhor o presente e conquistem o futuro", a violência/ falta de segurança e a baixa qualidade da educação foram os dois desafios mais citados.
"No Brasil (45% dos jovens e 46% dos adultos), no Paraguai (45% dos jovens e 45% dos adultos) e no Uruguai (42% dos jovens e 39% dos adultos), a violência aparece em primeiro lugar. Já na Argentina (37,5% dos jovens e 47,5% dos adultos), no Chile (45% dos jovens e 44% dos adultos) e na Bolívia (36% dos jovens e 40% dos adultos), a educação de baixa qualidade aparece em primeiro lugar", destaca a análise.
Entretanto, Regina ressalta que os jovens dos seis países ainda pensam de forma diferente em relação a alguns temas correntes. Em relação ao aborto, por exemplo, 56% dos jovens uruguaios são a favor da legalização, enquanto somente 15% dos jovens paraguaios concordam com a legalização. O pensamento entre os adultos também é semelhante: 53% dos uruguaios são a favor e somente 11% dos paraguaios concordam.
Esse dado também mostra que a opinião de jovens e adultos está cada vez mais próxima. Para a coordenadora, a pesquisa revela que os jovens estão pensando como a maioria da população. "A juventude espelha a sociedade", considera. Para ela, não se pode classificar os jovens como mais libertários que os adultos ou considerá-los mais conservadores que as outras gerações. "A principal conclusão é que não devemos idealizar a juventude como idealista, rebelde e nem afirmar o contrário [que ela é conservadora]", sintetiza.
Outro dado importante desvendado a partir da pesquisa, segundo a coordenadora, é a "consciência ecológica" da juventude. "A falta de água no planeta" foi apontada, por jovens e adultos dos seis países, como uma das três principais preocupações. "Esse é um dado novo, uma vez que temas ligados ao meio ambiente não apareceram com relevância em pesquisas anteriores sobre juventude, revelando a importância do crescimento da agenda ambiental", considera a análise.O resultado completo da pesquisa estará em breve disponível no site do Ibase:
www.ibase.br
aqui a pesquisa de forma sintética
fonte - www.adital.com.br