Sociologia
13/08/2009
Movimentos sociais promovem ações em todo país
Organizações do campo e da cidade se mobilizam entorno da Jornada Unificada de Lutas e irão às ruas no dia 14
Desde segunda-feira (10), movimentos sociais estão mobilizados em todo país entorno da Jornada Nacional Unificada de Lutas, que ocorre durante esta semana.
Trabalhadores do campo e da cidade protestam contra a crise e suas consequências para a classe trabalhadora, como as demissões ocorridas no Brasil. Também pedem garantia de empregos e melhores salários, manutenção dos direitos trabalhistas e sua ampliação, redução da jornada de trabalho sem redução de salários e redução das taxas de juros. Além disso, reivindicam a realização da reforma agrária, urbana e investimentos em políticas sociais.
A Jornada terminará no dia 14 de agosto, quando serão realizados atos e manifestações em várias cidades brasileiras.
Sem terra
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a Via Campesina realizam desde o início do mês de agosto ações em vários estados em defesa da Reforma Agrária e pelo fortalecimento dos assentamentos.
O MST reivindica a liberação de R$ 800 milhões do orçamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para este ano e aplicação na desapropriação e obtenção de terras, além de investimentos no passivo dos assentamentos.
Nesta terça-feira, o movimento realizou protestos em 12 estados. Integrantes do MST ocuparam sedes do Ministério da Fazenda em Brasília (DF), Belém (PA), Curitiba (PR) e Cuiabá (MT). Além disso, em Salvador (BA), em Fortaleza (CE) e em Petrolina (PE) foram ocupadas as sedes do Incra.
Em São Paulo, cerca de mil trabalhadores rurais marcharam de Campinas, interior do estado, até a capital, onde encontram-se mobilizados. Nesta terça-feira (11), os sem terra realizaram em frente à delegacia do Ministério da Fazenda um protesto para denunciar a política econômica do governo federal, que impede a realização da Reforma Agrária.
Também soma-se às atividades da Jornada de Lutas o Acampamento Nacional pela Reforma Agrária, promovido pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) entre os dias 10 e 20 de agosto, em Brasília (DF). A atividade tem como objetivo cobrar o assentamento de todas as famílias acampadas, a ampliação dos recursos para Reforma Agrária e a revisão dos índices de produtividade.
Atingidos por barragens
Integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) também participam do Acampamento em Brasília e agregam à discussão entorno da Reforma Agrária temas como o debate sobre a soberania energética, a campanha contra o alto preço da energia elétrica e a reivindicação dos direitos dos atingidos por barragens.
Durante esta semana o MAB realiza ações em vários estados. Nesta segunda-feira (10), 400 famílias atingidas por barragens montaram um acampamento em frente ao canteiro de obras da hidrelétrica de Santo Antônio, em Rondônia. Com a ação, o MAB quer buscar soluções para os problemas sociais e ambientais causados pelas hidrelétricas do Complexo Madeira e de Samuel. Também desde o dia 21 de julho, cerca de 1.300 integrantes do movimento encontram-se acampados em frente à Usina Hidrelétrica de Estreito, entre Maranhão e Tocantins.
Centrais sindicais
Na sexta-feira (14), último dia da Jornada de Lutas, as centrais sindicais brasileiras – CUT, CTB, UGT, CGTB, NCST, Intersindical e Força Sindical –, juntamente com os movimentos sociais, promoverão atos em todo o país no Dia Nacional de Luta.
Em São Paulo, a manifestação terá início com uma concentração na Praça Oswaldo Cruz, às 10 horas, e depois seguirá em passeata pela Avenida Paulista, e terá como objetivo unir trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade em torno da luta contra a crise e as demissões, pela redução da jornada e em defesa dos direitos sociais.
Confira abaixo o edital de convocação para o Dia Nacional de Lutas:
Jornada nacional de luta dos trabalhadores e trabalhadoras!
Não às demissões!
Pela redução da jornada de trabalho sem redução de salários!
Em defesa dos direitos sociais!
O Brasil vai às ruas no dia 14 de agosto. Os trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade unidos contra a crise e as demissões, por emprego e melhores salários, pela manutenção dos direitos e pela sua ampliação, pela redução das taxas de juros, na luta pela redução da jornada de trabalho sem redução de salários, pela reforma agrária e urbana e em defesa dos investimentos em políticas sociais.
A crise da especulação e dos monopólios estourou no centro do sistema capitalista mundial, os Estados Unidos da América, e atinge todas as economias. Lá fora - e também no Brasil -, trilhões de dólares estão sendo torrados para cobrir o rombo nas multinacionais, em um poço sem fim. Mesmo assim, o desemprego se alastra, podendo atingir mais de 50 milhões de trabalhadores.
No Brasil, a ação nefasta e oportunista das multinacionais do setor automotivo e de empresas como a Vale do Rio Doce, CSN e Embraer, levou à demissão centenas de milhares de trabalhadores e trabalhadoras.
O Governo Federal, que injetou bilhões de reais na economia para salvar os bancos, as montadoras e as empresas de eletrodomésticos (linha branca), tem a obrigação de exigir a garantia de emprego para a classe trabalhadora como contrapartida à ajuda concedida.
O povo não é o culpado pela crise. Ela é resultado de um sistema que entra em crise periodicamente e transforma o planeta em uma imensa ciranda financeira, com regras ditadas pelo mercado. Diante do fracasso desta lógica excludente, querem que a Classe Trabalhadora pague pela crise.
A precarização, o arrocho salarial e o desemprego prejudicam os mais pobres. Nas favelas e periferias. É preciso cortar drasticamente os juros, reduzir a jornada de trabalho sem reduzir salários, acelerar a reforma agrária e urbana, ampliar as políticas em habitação, saneamento, educação e saúde, e medidas concretas dos governos para impedir as demissões, garantir o emprego e a renda dos trabalhadores.
Com este espírito de unidade e luta, vamos realizar, em todo o país, grandes mobilizações.
NÃO ÀS DEMISSÕES! PELA RATIFICAÇÃO DAS CONVENÇÕES 151 E 158 DA OIT! REDUÇÃO DOS JUROS! FIM DO SUPERÁVIT PRIMÁRIO! REDUÇÃO DA JORNADA SEM REDUÇÃO DE SALÁRIOS E DIREITOS! REFORMA AGRÁRIA E URBANA, JÁ! FIM DO FATOR PREVIDENCIÁRIO!
EM DEFESA DA PETROBRÁS E DAS RIQUEZAS DO PRÉ-SAL! POR SAÚDE, EDUCAÇÃO E MORADIA!
POR UMA LEGISLAÇÃO QUE PROÍBA AS DEMISSÕES EM MASSA!
PELA CONTINUIDADE DA VALORIZAÇÃO DO SALÁRIO-MÍNIMO
E PELA SOLIDARIEDADE INTERNACIONAL AOS POVOS!
Organizadores:
CGTB, CTB, CUT, FORÇA SINDICAL, NCST, UGT, INTERSINDICAL, ASSEMBLÉIA POPULAR, CEBRAPAZ, CMB, CMP, CMS, CONAM, FDIM, MARCHA MUNDIAL DAS MULHERES, MST, MAB, MTL, MTST, MTD, OCLAE, UBES, UBM, UNE, UNEGRO/CONEN, VIA CAMPESINA, CNTE, CIRCULO PALMARINO.
RS: Sem Terra ocupam prefeitura e Incra em São Gabriel
PR: MST ocupa Ministério da Fazenda e acampa em frente ao Incra
MST ocupa o Ministério da Fazenda
Trabalhadores debatem crise e petróleo em Santa Catarina
Por reforma agrária e contra a crise mundial
MST lança acampamento nacional em Brasília
Sem terra marcham por reforma agrária em São Paulo
Leia mais em www.brasildefato.com.br
Desde segunda-feira (10), movimentos sociais estão mobilizados em todo país entorno da Jornada Nacional Unificada de Lutas, que ocorre durante esta semana.
Trabalhadores do campo e da cidade protestam contra a crise e suas consequências para a classe trabalhadora, como as demissões ocorridas no Brasil. Também pedem garantia de empregos e melhores salários, manutenção dos direitos trabalhistas e sua ampliação, redução da jornada de trabalho sem redução de salários e redução das taxas de juros. Além disso, reivindicam a realização da reforma agrária, urbana e investimentos em políticas sociais.
A Jornada terminará no dia 14 de agosto, quando serão realizados atos e manifestações em várias cidades brasileiras.
Sem terra
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a Via Campesina realizam desde o início do mês de agosto ações em vários estados em defesa da Reforma Agrária e pelo fortalecimento dos assentamentos.
O MST reivindica a liberação de R$ 800 milhões do orçamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para este ano e aplicação na desapropriação e obtenção de terras, além de investimentos no passivo dos assentamentos.
Nesta terça-feira, o movimento realizou protestos em 12 estados. Integrantes do MST ocuparam sedes do Ministério da Fazenda em Brasília (DF), Belém (PA), Curitiba (PR) e Cuiabá (MT). Além disso, em Salvador (BA), em Fortaleza (CE) e em Petrolina (PE) foram ocupadas as sedes do Incra.
Em São Paulo, cerca de mil trabalhadores rurais marcharam de Campinas, interior do estado, até a capital, onde encontram-se mobilizados. Nesta terça-feira (11), os sem terra realizaram em frente à delegacia do Ministério da Fazenda um protesto para denunciar a política econômica do governo federal, que impede a realização da Reforma Agrária.
Também soma-se às atividades da Jornada de Lutas o Acampamento Nacional pela Reforma Agrária, promovido pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) entre os dias 10 e 20 de agosto, em Brasília (DF). A atividade tem como objetivo cobrar o assentamento de todas as famílias acampadas, a ampliação dos recursos para Reforma Agrária e a revisão dos índices de produtividade.
Atingidos por barragens
Integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) também participam do Acampamento em Brasília e agregam à discussão entorno da Reforma Agrária temas como o debate sobre a soberania energética, a campanha contra o alto preço da energia elétrica e a reivindicação dos direitos dos atingidos por barragens.
Durante esta semana o MAB realiza ações em vários estados. Nesta segunda-feira (10), 400 famílias atingidas por barragens montaram um acampamento em frente ao canteiro de obras da hidrelétrica de Santo Antônio, em Rondônia. Com a ação, o MAB quer buscar soluções para os problemas sociais e ambientais causados pelas hidrelétricas do Complexo Madeira e de Samuel. Também desde o dia 21 de julho, cerca de 1.300 integrantes do movimento encontram-se acampados em frente à Usina Hidrelétrica de Estreito, entre Maranhão e Tocantins.
Centrais sindicais
Na sexta-feira (14), último dia da Jornada de Lutas, as centrais sindicais brasileiras – CUT, CTB, UGT, CGTB, NCST, Intersindical e Força Sindical –, juntamente com os movimentos sociais, promoverão atos em todo o país no Dia Nacional de Luta.
Em São Paulo, a manifestação terá início com uma concentração na Praça Oswaldo Cruz, às 10 horas, e depois seguirá em passeata pela Avenida Paulista, e terá como objetivo unir trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade em torno da luta contra a crise e as demissões, pela redução da jornada e em defesa dos direitos sociais.
Confira abaixo o edital de convocação para o Dia Nacional de Lutas:
Jornada nacional de luta dos trabalhadores e trabalhadoras!
Não às demissões!
Pela redução da jornada de trabalho sem redução de salários!
Em defesa dos direitos sociais!
O Brasil vai às ruas no dia 14 de agosto. Os trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade unidos contra a crise e as demissões, por emprego e melhores salários, pela manutenção dos direitos e pela sua ampliação, pela redução das taxas de juros, na luta pela redução da jornada de trabalho sem redução de salários, pela reforma agrária e urbana e em defesa dos investimentos em políticas sociais.
A crise da especulação e dos monopólios estourou no centro do sistema capitalista mundial, os Estados Unidos da América, e atinge todas as economias. Lá fora - e também no Brasil -, trilhões de dólares estão sendo torrados para cobrir o rombo nas multinacionais, em um poço sem fim. Mesmo assim, o desemprego se alastra, podendo atingir mais de 50 milhões de trabalhadores.
No Brasil, a ação nefasta e oportunista das multinacionais do setor automotivo e de empresas como a Vale do Rio Doce, CSN e Embraer, levou à demissão centenas de milhares de trabalhadores e trabalhadoras.
O Governo Federal, que injetou bilhões de reais na economia para salvar os bancos, as montadoras e as empresas de eletrodomésticos (linha branca), tem a obrigação de exigir a garantia de emprego para a classe trabalhadora como contrapartida à ajuda concedida.
O povo não é o culpado pela crise. Ela é resultado de um sistema que entra em crise periodicamente e transforma o planeta em uma imensa ciranda financeira, com regras ditadas pelo mercado. Diante do fracasso desta lógica excludente, querem que a Classe Trabalhadora pague pela crise.
A precarização, o arrocho salarial e o desemprego prejudicam os mais pobres. Nas favelas e periferias. É preciso cortar drasticamente os juros, reduzir a jornada de trabalho sem reduzir salários, acelerar a reforma agrária e urbana, ampliar as políticas em habitação, saneamento, educação e saúde, e medidas concretas dos governos para impedir as demissões, garantir o emprego e a renda dos trabalhadores.
Com este espírito de unidade e luta, vamos realizar, em todo o país, grandes mobilizações.
NÃO ÀS DEMISSÕES! PELA RATIFICAÇÃO DAS CONVENÇÕES 151 E 158 DA OIT! REDUÇÃO DOS JUROS! FIM DO SUPERÁVIT PRIMÁRIO! REDUÇÃO DA JORNADA SEM REDUÇÃO DE SALÁRIOS E DIREITOS! REFORMA AGRÁRIA E URBANA, JÁ! FIM DO FATOR PREVIDENCIÁRIO!
EM DEFESA DA PETROBRÁS E DAS RIQUEZAS DO PRÉ-SAL! POR SAÚDE, EDUCAÇÃO E MORADIA!
POR UMA LEGISLAÇÃO QUE PROÍBA AS DEMISSÕES EM MASSA!
PELA CONTINUIDADE DA VALORIZAÇÃO DO SALÁRIO-MÍNIMO
E PELA SOLIDARIEDADE INTERNACIONAL AOS POVOS!
Organizadores:
CGTB, CTB, CUT, FORÇA SINDICAL, NCST, UGT, INTERSINDICAL, ASSEMBLÉIA POPULAR, CEBRAPAZ, CMB, CMP, CMS, CONAM, FDIM, MARCHA MUNDIAL DAS MULHERES, MST, MAB, MTL, MTST, MTD, OCLAE, UBES, UBM, UNE, UNEGRO/CONEN, VIA CAMPESINA, CNTE, CIRCULO PALMARINO.
RS: Sem Terra ocupam prefeitura e Incra em São Gabriel
PR: MST ocupa Ministério da Fazenda e acampa em frente ao Incra
MST ocupa o Ministério da Fazenda
Trabalhadores debatem crise e petróleo em Santa Catarina
Por reforma agrária e contra a crise mundial
MST lança acampamento nacional em Brasília
Sem terra marcham por reforma agrária em São Paulo
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