Sociologia
09/03/2010
Polícia diz que mortos em massacre na Nigéria são 55
O porta-voz do Governo de Plateau, Gregory Yenlong, havia dito mais cedo que até 500 pessoas teriam morrido nos ataques lançados por pastores muçulmanos da etnia fulani contra três aldeias de agricultores cristãos nos arredores de Jos, a capital do estado.O número indicado por Yenlong foi confirmado por líderes cristãos das aldeias de Dogo Na Hauwa, Ratsat e Jeji, todas atacadas pelos pastores. Já jornalistas levados ontem à região pelas forças de segurança disseram ter contado, pelo menos, 150 corpos, em sua maioria de mulheres e crianças.
No entanto, o porta-voz policial Mohammed Lerama foi de encontro a todas essas informações e disse que somente 55 pessoas morreram e que 19 membros da etnia fulani foram detidos.
Acredita-se que o massacre, ocorrido a menos de 2 quilômetros da casa do governador de Plateau, Jonah Jang, tenha sido a resposta dos pastores aos confrontos religiosos de janeiro passado, que deixaram 326 mortos. O incidente foi considerado pelos fulanis uma ação organizada para assassinar muçulmanos.
O massacre aconteceu mesmo com a imposição de um toque de recolher, que vigora na região das 18h às 6h desde janeiro passado.
Acredita-se que o motivo dos enfrentamentos na região seja a luta pela exploração de terras de cultivo entre cristãos e animistas, de um lado, e pastores muçulmanos fulanis, do outro.
Os conflitos envolvendo cristãos e muçulmanos na Nigéria já deixaram mais de 12 mil mortos desde 1999, quando foi implantada a "sharia" (lei islâmica) em 12 estados do norte do país.
Este conteúdo foi publicado em 08/03/2010 no sítio Jornal Vs. Todas as modificações posteriores são de responsabilidade do autor original da matéria