Sociologia
28/01/2011
Protestos no Egito
Desde os primeiros minutos desta sexta-feira (28/01), inúmeras páginas e endereços da internet no Egito estão inacessíveis, segundo os usuários. O serviço de troca de mensagens curtas por celular (SMS) também foi afetado. Além disso, os egípcios não conseguem acessar as redes sociais Facebook e Twitter, conforme relataram jornalistas no local.Gráficos disponibilizados na rede pela empresa de monitoramento Renesys mostram que à 0h34 (hora local) praticamente todas as rotas das redes egípcias deixaram de ter tráfego para os demais países.O problema surge horas antes de uma nova manifestação, programada pela internet.
Desde a década de 1960, manifestações só podem ocorrer no Egito com autorização governamental. Nessa quinta-feira (27/01), o governo negou qualquer interferência nos provedores ou nas páginas das redes sociais, como já havia sido denunciado nos três primeiros dias de protestos populares contra a situação econômica do país e o presidente Hosni Mubarak.
Nas redes sociais, é imensa a quantidade de mensagens dizendo que os egípcios temem pela reação da polícia, mas não vão desistir das manifestações programadas paraa logo depois das orações muçulmanas.
Até hoje, sete pessoas morreram nas manifestações, entre manifestantes e policiais, tanto no Cairo quanto na cidade de Suez, na entrada sul do canal de mesmo nome. Além disso, dezenas de pessoas ficaram feridas nos confrontos e centenas foram detidas. Em ao menos 40 casos, os detidos são acusados de tentativa de derrubar o regime.
Esta reportagem foi publicada no dia 28/01/2011 no sítio cartacapital.com.br. Todas as informações nela contida são de responsabilidade do autor.