Sociologia
30/05/2012
Abertura do Festival de Cinema de Curitiba
Organizadores, diretores, atores e atrizes, autoridades do governo estadual e alunos da Faculdade de Artes do Paraná foram conferir o filme de Joel Pizzini, "Mr. Sganzerla - Os signos da luz" (2011), filme-ensaio que recria o ideario do cineasta Rogério Sganzerla por meio de diversos signos recorrentes em sua obra.Nesse filme, Rogério mostra as dificuldades de realização de filmes no Brasil e de como o "olhar livre" e a "mente desburocratizada" podem contribuir para que se criem obras de muitíssimo valor cultural e histórico para o país.
Rogério foi contemporâneo de Glauber Rocha e dividiam sonhos. Fizeram inúmeros filmes independentes, com linguagem e temáticas diferenciadas, ícones do chamado "Cinema Novo Brasileiro". Ficou conhecido nacionalmente com o inovador filme “O Bandido da Luz Vermelha”, de 1968. O diretor, criticado por sua ousadia, concentra em seu primeiro longa-metragem toda a sua radicalidade política. Sganzerla pretendia “ser livre – e ao mesmo tempo – acadêmico”, o que rendeu uma certa complexidade artística e intelectual à sua obra.
Morreu em 2004, devido a um tumor no cérebro, apenas um breve tempo após realizar "O signo do caos" e sem realizar seu sonho: refilmar seu clássico "O bandido da luz vermelha", com Alexandre Borges no elenco.
Sganzerla deixou ainda, como legado, o roteiro para a continuação do filme "O Bandido da Luz Vermelha", com o título "Luz nas Trevas – A revolta de Luz vermelha". O filme veio ao público por intermédio da direção de Helena Ignez (esposa de Rogério) e Ícaro Martins. No elenco, Ney Matogrosso como o próprio Luz.
O Festival segue até o dia 04/06 com inúmeras atividades culturais, com entrada gratuita, bem como mais de 70 filmes nacionais e internacionais. Não perca. Acesse AQUI a programação completa.
Esta notícia foi publicada em 30/05/2012 no site http://www.filmes.seed.pr.gov.br . Todas as informações nela contida são de responsabilidade do autor.