Sociologia
17/03/2008
Cinco anos depois, situação no Iraque 'é desesperadora'
"Prisões arbitrárias, detenções e torturas continuam a ser registradas mesmo nas províncias do Curdistão", afirmou o diretor da Anistia Internacional para Oriente Médio e África, Malcolm Smart."O governo de Saddam Hussein era sinônimo de abuso de direitos humanos, mas sua substituição não representou nenhum alívio para o povo iraquiano."
Segundo o relatório, o número de mortos desde o início do conflito permanece incerto. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou que até junho de 2006 as mortes chegavam até 150 mil. Naquele ano, 35 mil pessoas morreram, afirmou a Anistia, citando a ONU.
Apesar disso, os Estados Unidos afirmam que a segurança no Iraque está melhorando.
As taxas de violência têm caído em até 60% desde junho do ano passado - embora o próprio comandante das tropas americanas no país, general David Petraeus, ressalte a volatilidade da situação.
Visita surpresa
Nesta segunda-feira, o general deve se encontrar com o vice-presidente americano, Dick Cheney, que chegou em Bagdá para uma visita surpresa.
O vice-presidente americano, que dá início a um giro de dez dias pelo Oriente Médio, deve se encontrar com o primeiro-ministro iraquiano, Nouri Maliki, e outros políticos iraquianos.
Depois Cheney visitará Omã, Arábia Saudita, Israel, Cisjordânia e Turquia.
É a terceira visita dele ao Iraque, onde atuam 160 mil soldados americanos. Quase 4 mil já morreram desde o início do conflito. "Para as pessoas que precisam de água limpa, que precisam de acesso à saúde, a situação está pior do que nunca. Foram décadas de guerras e sanções, o que significa que não houve investimentos suficientes no sistema de saúde e em saneamento."
Michael Khambatta, porta-voz da Cruz Vermelha
fonte:http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/03/080317_iraquerelatorios_pu.shtml